Corinthians vai recorrer da condenação em processo movido pela família de Tim Maia

Corinthians vai recorrer da condenação em processo movido pela família de Tim Maia
Divulgação

O departamento jurídico do Corinthians está planejando contestar a condenação que o obriga a efetuar um pagamento de indenização à família do saudoso cantor Tim Maia, que nos deixou em 1998, bem como à gravadora Warner Chappell. Alega-se que o clube fez uso da música "Não quero dinheiro (só quero amar)", um dos grandes êxitos do artista, em uma campanha publicitária realizada em 2012, durante a participação do Corinthians no Mundial de Clubes no Japão.

A torcida corintiana costuma entoar uma paródia dessa canção nas arquibancadas, e um trecho adaptado dessa paródia foi empregado pelo clube na propaganda. Esse fato suscitou argumentos por parte da gravadora e da família de Tim Maia, que alegam que o Corinthians se valeu da obra para obter ganhos financeiros. Essa tese foi acatada em primeira instância pelo Poder Judiciário.

A equipe de advogados do Corinthians está elaborando um novo ponto de vista com o intuito de refutar a obrigação de efetuar a indenização. Inicialmente, as partes requerentes da ação pleiteavam uma compensação de R$ 4 milhões do clube.

Segundo uma fonte citada na matéria, o Corinthians está determinado a contestar essa decisão até a última instância. Esse otimismo se baseia inclusive na vitória legal conquistada perante a neta do ex-presidente do clube, Alberto Dualib, em abril do mesmo ano, em um processo que poderia envolver uma quantia de até R$ 195 milhões. Naquela ocasião, Carla Dualib almejava exclusividade em acordos de marketing relacionados ao Corinthians.

No entanto, o clube sustenta que as circunstâncias são distintas e argumenta que o uso da música foi uma paráfrase, ou seja, uma reinterpretação que emprega palavras similares, porém em um contexto diferente da obra original. Ademais, o clube defende que a canção integra o patrimônio da torcida corintiana. Entretanto, essa alegação não encontrou acolhida favorável por parte dos órgãos judiciais responsáveis pela análise preliminar do caso.

Carmelo Maia, filho de Tim Maia, justificou a medida legal contra o Corinthians. Ele alegou que houve tentativas de diálogo com a diretoria daquela época, sob a liderança de Mario Gobbi, porém o clube não demonstrou disposição para estabelecer contato naquele momento.