Vagas, evolução e definições: os desafios de Mano na reta final do Brasileirão

Vagas, evolução e definições: os desafios de Mano na reta final do Brasileirão
Agência Corinthians

Longe das disputas do título e de uma vaga na Conmebol Libertadores do ano que vem, o Corinthians agora se vê também numa condição um pouco mais confortável na fuga do Z-4 do Brasileirão.

Ao vencer o Athletico no meio de semana, atingiu 40 pontos na tabela e está mais próximo do número mágico de 46 pontos - nunca um time caiu com essa pontuação desde 2006, no Brasileirão de 20 equipes. Restam ainda sete rodadas pela frente e, assim, 21 pontos em disputa.

Com uma vaga na Copa do Brasil de 2024 praticamente certa pela presença de Palmeiras e Bragantino na zona de classificação da Libertadores, o Timão também pode disputar novamente a Sul-Americana na próxima temporada. Para isso, basta ficar entre o grupo dos seis melhores times colocados abaixo da zona de Libertadores - hoje, do sétimo ao 13º, excluindo o São Paulo.

Sem títulos na temporada, o que limitou a premiação financeira do clube, ficar em posições mais acima na tabela aumentam os valores pagos pela CBF. Mas para além dos objetivos institucionais, que envolvem vagas e premiações, o Timão ainda tem coisas a buscar na atual temporada.

Técnico alvinegro há pouco mais de um mês, Mano Menezes aos poucos vai dando a sua cara para o time, que sob o seu comando tem duas vitórias, quatro empates e duas derrotas. Em busca de organização tática, venceu duas partidas com o time sem ser vazado, contra Cuiabá e Athletico.

Com contrato até o meio de 2025, seguirá no cargo na próxima temporada independentemente do resultado das eleições do dia 25, data em que concorrerão ao cargo André Negão, candidato da situação, e Augusto Melo, da oposição. Contratado por Duilio Monteiro Alves, o técnico tenta afastar o clima político do campo, mas espera definições para poder avançar nas conversas sobre 2024.

Num planejamento iniciado ainda sem muita definição de que rumo o clube tomará, Mano Menezes já tem algumas preferências do que considera um grupo de trabalho ideal, mesclando jogadores jovens com outros experientes. Neste momento, há uma falta de atletas intermediários (de 23 a 29 anos).

– Acredito em elencos equilibrados. O futebol brasileiro tem convivido com situações muito peculiares, porque você tem os dois extremos: jogadores que voltam da Europa em idade avançada, mas com muita qualidade técnica, e outros que são muito jovens e vêm da base cada vez mais cedo.

– No nosso elenco, é importante preencher esta faixa etária média, porque esses dão sustentação para os dois lados. Equilibrar ajuda bem, é no que sempre penso quando tenho condições de planejar um trabalho. Minha parte técnica vai apontar para esta direção – disse Mano, após o jogo com o Santos.

Até o fim do ano, algumas situações ainda precisam ser resolvidas, já que há diversos atletas em fim de contrato, como é o caso de Gil, Renato Augusto, Paulinho, Ruan Oliveira, Cantillo, Giuliano, Bruno Méndez, além de Maycon, que está cedido pelo Shakhtar. Fábio Santos, aos 38, vai se aposentar.

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