António admite problemas, mas pondera: "Não dá para jogar bem sempre"

António admite problemas, mas pondera:
Agência Corinthians

O técnico António Oliveira reconheceu que o Corinthians não teve grande atuação contra o Nacional-PAR, nesta terça-feira, mas disse que o mais importante foi a vitória por 2 a 0 no estádio Defensores del Chaco, em Assunção.

Mais uma vez o treinador português falou sobre o desgaste físico da equipe, exaltou a entrega dos jogadores e destacou a importância dos três pontos para a classificação na Copa Sul-Americana.

– Foi um jogo extremamente desafiador, viemos em uma sequência desafiadora. Temos solicitados muitos dos mesmos jogadores. Fluminense, América-RN, Fortaleza e hoje. Repare, as viagens têm sido longas para nós, desgastantes. Por isso a minha primeira palavra é para o esforço dos jogadores, não é fácil [...] Foi um jogo com uma equipe que colocou a gente em problemas, competiu enquanto teve pernas. Foi uma equipe agressiva. Os árbitros levam quase o jogo para a violência, e as equipes adversárias aproveitam isso. Foi um jogo de perseguição dos adversários em que demoramos a encontrar o homem livre e os espaços. Optamos por jogo curto em detrimento do jogo profundo. Quando atacávamos a profundidade, causávamos perigo. Tinha a ver com atitude e concentração competitivo, e foram a encontro do que o jogo pediu – declarou o treinador.

– Não dá para jogar bem sempre. O mais importante do que a exibição é ganhar. Fizemos grande jogo contra o Fortaleza e não ganhamos. Hoje não jogamos tão bem e ganhamos, conseguimos nosso objetivo. Parabéns aos jogadores pelo esforço e dedicação que estão tendo nessa sequência de quatro jogos em dez dias. É uma carga grande, é um destrato a todos os profissionais. Eu estou cansado, imagina essa gente que está em treinos, viagens, concentrações, competindo, no desgaste emocional. Felizmente tenho jogadores com orgulho imenso – completou o treinador.

Assim como fez no sábado, após a partida contra o Fortaleza, António foi perguntado sobre o momento de suas substituições e mostrou desconforto:

– Sobre as alterações que deveriam acontecer: não sou obrigado, não é porque às vezes sai uma ou outra situação e perde-se a paciência. Teria que ter autorização para aumentar o número de substituições. Não é necessário fazer mexidas, mas podemos ajustar comportamento com os mesmos jogadores. Faço por necessidade, para alterar algo no jogo.

Nesta partida, o treinador contou com os retornos do zagueiro Gustavo Henrique, o atacante Yuri Alberto e o meia Igor Coronado. Os dois primeiros entraram no segundo tempo.

– Eles fizeram esforço enorme para estar aqui. Tiveram grande tolerância às lesões que têm e se sacrificaram. Tem que ter esse reconhecimento. Eles não poderiam jogar de início, tinham limitação de tempo. Aproveitei o resultado até para poupar o Igor para ir para dentro, porque sabemos a competição ali dentro e que o adversário estava recorrendo até à violência, como foi contra os argentinos – declarou o português.

Embalado por quatro partidas sem derrota, o Corinthians volta a campo no sábado, contra o Flamengo, no Maracanã, pelo Brasileirão.

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