Sem vender nome do CT e outras cotas, Corinthians terá de refazer orçamento

Sem vender nome do CT e outras cotas, Corinthians terá de refazer orçamento
Divulgação

O Corinthians não conseguiu avançar nas negociações para venda do nome de seu centro de treinamento, possibilidade tratada como "bem adiantada" pelo presidente do clube, Augusto Melo, há seis meses.

Essa não é a única receita de marketing que estava prevista pelo clube e que não foi alcançada. O Corinthians projetava faturar R$ 263,2 milhões com patrocínios em 2024, mas terá de refazer o orçamento com uma previsão bem mais conservadora.

A venda dos "naming rights" do CT Joaquim Grava foi bastante comentada por Augusto Melo no início de seu mandato. Em 7 de janeiro, dia em que foi anunciado o acordo de patrocínio máster da VaideBet, o presidente declarou:

– Está muito bem adiantado, vem coisa boa aí. Quero que saibam da minha boca, estamos trabalhando forte para isso. Tem algumas interessadas. Vai ser um marco dessa administração e na nossa história. Com isso vou cumprir a minha promessa: o maior desejo é ampliar a nossa arena. Com essa receita vamos ampliar a arena.

Apesar do discurso otimista do presidente, o departamento financeiro do Corinthians já não contava mais com essa receita para 2024. O problema é que outros recursos que estavam previstos não entraram.

Além do espaço principal da camisa, vago desde a saída da "VaideBet", há pouco mais de um mês, o Timão tem cinco propriedades vagas no uniforme: barra traseira da camisa, parte superior das costas, ombros, parte traseira do calção e meião.

O departamento de marketing, comandado pelo novo superintendente Vinicius Manfredi, espera fechar nas próximas semanas um novo patrocínio máster, na casa de R$ 100 milhões por ano. O clube tem na mesa propostas de diferentes casas de apostas.

Porém, as negociações para as outras propriedades são mais difíceis. Além de ser prejudicado pelas polêmicas fora de campo e pelo mau desempenho no Brasileirão, o clube esbarra no fato de muitas empresas já terem comprometidos seus orçamentos com publicidade para 2024.

No caso do patrocínio máster, isso é minimizado pelo forte disputa entre as casas de apostas por visibilidade. Mesmo em momento delicado, o Corinthians é visto como uma importante "vitrine" na Série A, onde não há outros clubes disponíveis com tamanho alcance.

Neste cenário, só com uma grande reviravolta o clube conseguirá atingir a previsão de faturamento de R$ 936,7 milhões. Assim, terá de reduzir as despesas para cumprir o objetivo de fechar o ano com as contas no azul.

Atualmente, o Corinthians tem cinco patrocínios ao time de futebol masculino: Foxlux (barra frontal da camisa), Ezze Seguros (parte superior das costas), Ale (peito), Banco BMG (mangas) e Unicesumar (calção).

Na ausência de um anunciante máster, o clube tem utilizado o principal espaço da camisa para promover ONG's, como a Cufa (Central Única das Favelas) e a AACD (Associação de Assistência à Criança Deficiente).

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