Gaviões da Fiel se manifesta sobre uso de urnas eletrônicas nas eleições

Em meio à queda de braço se ocorrerá ou não a utilização de urnas eletrônicas no processo eleitoral do Corinthians, Os Gaviões da Fiel, principal organizada do clube, se manifestaram por meio de suas redes sociais nesta segunda-feira.

Em nota, a torcida uniformizada afirmou que, apesar do "Estatuto do clube priorizar urnas eletrônicas", deveria ser utilizado o sistema de cédula, como na eleição em 2020, ou a utilização de urnas eletrônicas do Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP).

Como forma de justificativa para o pedido, Os Gaviões da Fiel relembraram a auditoria que apontou uma possível fraude no pleito realizado em 2018, no qual Andrés Sanchez foi reeleito presidente do Corinthians com 1.235 votos e comandou o Corinthians por dois anos. De acordo com as investigações lideradas pelo Ministério Público de São Paulo (MP-SP), houve erros da contagem dos votos até à autenticação de quem realmente compareceu às urnas no Parque São Jorge.

“Lamentavelmente, além da infração penal constatada (autoria e materialidade), ficou demonstrada a absoluta violação da confiabilidade e seriedade do pleito, o desvirtuamento do processo eleitoral de um dos maiores clubes do Brasil, vez que o presidente e chapas não foram eleitos dentro de um processo democrático íntegro, seguro, confiável e hígido”, diz um trecho do processo reproduzido na época pelo ge.

Em apuração da Gazeta Esportiva, três dos cinco membros da Comissão Eleitoral são a favor da cédula de papel. Esses nomes são responsáveis por organizar o trâmite da eleição, como lançamento de chapas, datas e horários. O grupo é composto pelos seguintes conselheiros: Carlos Roberto Elias, Domingos Savio Zainaghi, Ivaney Cayres de Souza, Miguel Marques e Silva e Romeu Tuma Junior.

No final da nota, a torcida organizada ressaltou o dever do presidente do conselho deliberativo, o conselheiro Alexandre Husni, e da comissão eleitoral para fazer com que "as eleições e a sua apuração ocorram de forma segura, transparente e confiável, com a máxima fiscalização".

No grupo da situação, que te como candidato André Luiz Oliveira, mais conhecido como André Negão, defende o uso de urnas eletrônicas. Já a oposição, que tem como candidato apenas o empresário Augusto Melo, é contrária à utilização do dispositivo.

Veja a nota da organizada na íntegra: 

Os Gaviões da Fiel Torcida vêm a público exigir lisura e confiança no processo eleitoral que acontecerá no Corinthians em novembro de 2023.

Embora o Estatuto do Clube priorize urnas eletrônicas, é de conhecimento público que o sistema de urnas utilizado em 2018, de empresa pouco conhecida no mercado, era inseguro.

A investigação criminal ocorrida naquele ano, constatou que o processo eleitoral "não foi íntegro, seguro e confiável".

Assim, o que se exige para 2023 é que se mantenha a votação em cédula, como em 2020, ou que ocorra a utilização das urnas eletrônicas do TRE, que podem ser solicitadas mediante ofício e podem ser auditadas - além de serem extremamente confiáveis.

É dever do Presidente do Conselho Deliberativo, Sr. Alexandre Husni, e da Comissão Eleitoral por ele formada, fazer com que as eleições e a sua apuração ocorram de forma segura, transparente e confiável, com a máxima fiscalização.

Fonte: Gazeta Esportiva