Do tabu ao alívio na pressão: os desafios de Luxemburgo neste domingo

Do tabu ao alívio na pressão: os desafios de Luxemburgo neste domingo
Agência Corinthians

Ainda sem vencer no comando do Corinthians, Vanderlei Luxemburgo tem desafios e metas a serem cumpridas neste domingo, em clássico contra o São Paulo, às 16h (de Brasília), na Neo Química Arena, pela sexta rodada do Campeonato Brasileiro.

Abaixo, o ge lista quais são os cinco principais desafios do comandante para o jogo:

1 - Manter o tabu

Mais do que um simples jogo de Brasileirão, mais do que um clássico, duelar contra o São Paulo em casa, desde a inauguração da Neo Química Arena, passou a ser também cultivar uma marca histórica. Desde 2014, são dez vitórias do Timão e seis empates.

Isto é: o São Paulo nunca venceu na casa corintiana. Neste período de 16 jogos, o Corinthians teve oito técnicos: Fábio Carille em seis jogos, Tite em três, Vagner Mancini em dois e Mano Menezes, Jair Ventura, Cristóvão Borges, Sylvinho e Vítor Pereira em um Majestoso cada. Luxa será o nono.

Perder pela primeira vez para o rival tricolor na Arena é certamente uma marca no currículo que o novo técnico quer evitar a todo custo.

2 - Vencer

Parece simples, mas não tem sido assim. A última vitória do Corinthians foi no fim do mês passado, quando eliminou o Remo e avançou às oitavas de final da Copa do Brasil sob o comando de Cuca. De lá para cá, três derrotas e um empate.

Neste retorno ao Timão, Luxemburgo perdeu na estreia para o Independiente Del Valle, pela Conmebol Libertadores, em casa, empatou com o Fortaleza, também em casa, pelo Brasileirão, e sofreu uma contundente derrota por 3 a 0 para o Botafogo, na rodada passada, no Rio de Janeiro.

Assim, em seu quarto jogo, tornou-se fundamental conquistar um resultado positivo reagir na temporada e dar sequência ao trabalho sem que os questionamentos se tornem uma bola de neve em um dia a dia de clima pesado sem resultados.

3 - Convencer

O terceiro desafio tem a ver com desempenho da equipe. Mais do que o resultado positivo, já há algum tempo o Corinthians carece de uma vitória arrebatadora também em desempenho. E tem sido assim com Luxa: muito pouco de ideias, criatividade e bom futebol.

Nos dois últimos jogos, houve uma mudança no posicionamento de Róger Guedes, ora tendo jogado de forma mais centralizada e "solta" ora isolado e preso à ponta esquerda. Nenhum dos cenários favoreceu o futebol do camisa 10, que vinha sendo protagonista do time.

O banco por um tempo, contra o Fortaleza, para, teoricamente, dar confiança e blindar Yuri Alberto das críticas que vinha sofrendo resultou no gol de empate e nada mais. O desempenho do centroavante não melhorou no jogo seguinte.

No meio, a dupla de volantes Roni e Maycon e os meias Matheus Araújo, Adson e Giuliano também pouco funcionaram e menos ainda resolveram a favor do Timão. Assim, o grande desafio de Luxa, além de vencer, é convencer de que o Corinthians é capaz de jogar melhor.

4 - Fechar o gol

Luxemburgo sofreu seis gols nos três jogos à frente do Corinthians até aqui. A fragilidade defensiva, porém, não é um problema de exclusividade do trabalho do técnico e vinha atormentando a equipe desde a eliminação para o Ituano, pelo Campeonato Paulista.

De lá para cá, foram dez jogos e quinze gols sofridos. Nestes jogos, apenas em dois a defesa não terminou vazada: contra o Liverpool, em duelo de estreia na Libertadores, ainda sob o comando de Fernando Lázaro, e no 2 a 0 sobre o Remo, no último jogo de Cuca, pela Copa do Brasil.

5 - Resistir à pressão

Dos cinco, esse talvez seja o desafio mais subjetivo de Luxemburgo no duelo deste domingo. No início do mês, o treinador se dispôs a conversar com os líderes das torcidas organizadas do Corinthians e negociou uma espécie de trégua por dez jogos.

Porém, a trégua dificilmente vai se sustentar diante de uma queda do tabu combinada com resultados ruins recentes em casa e estado anímico do elenco desabando diante de um cenário ruim.

As próximas semanas serão decisivas para o futuro do Timão na Libertadores, com jogo contra o Argentinos Juniors, em Buenos Aires, no dia 24, e o duelo de oitavas de final de ida e volta contra o Atlético-MG condensados no mês de maio.

Luxa não pode deixar a pressão se tornar insustentável.

Fonte: ge