Carlos Miguel vai treinar separado até concluir transferência para Inglaterra

Carlos Miguel vai treinar separado até concluir transferência para Inglaterra
Agência Corinthians

Carlos Miguel vai treinar em horários alternativos no Corinthians até concretizar a transferência para o Nottingham Forest, da Inglaterra, que deve ocorrer nos primeiros dias de julho. O clube está perto de anunciar Hugo Souza, do Flamengo.

O goleiro tinha acordo para seguir jogando pelo menos até o fim de junho pelo Timão. No entanto, o problema físico alegado por ele (dores no tornozelo) causou incômodo na comissão técnica, diretoria e até entre os jogadores.

A direção alvinegra decidiu deixar o goleiro fora da partida contra o Athletico e encerrar sua passagem pelo clube.

O técnico António Oliveira não escondeu a insatisfação com a atitude de Carlos Miguel. A falta de sintonia entre eles fez com que o clube optasse por evitar o contato dele com o dia a dia do elenco.

O Nottingham Forest deve acionar a cláusula de rescisão e efetuar o pagamento de quatro milhões de euros (cerca de R$ 23 milhões) na próxima semana. Um acordo entre as partes para antecipar o fim do vínculo do jogador com o clube e a liberação antecipada não está descartado.

Carlos Miguel, de 25 anos, viveu momentos de reviravolta no Corinthians nesta temporada. Apoiado por António Oliveira, tornou-se titular da equipe pouco antes de Cássio optar por fechar com o Cruzeiro.

Com boas atuações, o jogador passou a chamar a atenção de clubes do exterior. A multa rescisória de apenas quatro milhões de euros facilitou o acerto com os ingleses.

O valor da multa, aliás, se transformou em outro motivo de polêmica no clube.

Até 31 de dezembro de 2023, o clube estrangeiro interessado em contratar Carlos Miguel teria de desembolsar 50 milhões de euros (cerca de R$ 288 milhões), valor estipulado para o rompimento do contrato. Desde o primeiro dia de 2024, a multa caiu para quatro milhões da mesma moeda (cerca de R$ 23 milhões).

Na renovação contratual, feita em janeiro de 2023, o Corinthians ampliou o vínculo do jogador até 31 de dezembro de 2025. A incerteza sobre as chances de poder atuar fez com que o empresário Gilmar Veloz impusesse uma condição para renovar o contrato: a diminuição da multa contratual nos últimos dois anos de vínculo.

A ideia era se resguardar em caso de inatividade do goleiro, tendo uma brecha para colocá-lo em outro clube. No entendimento do Corinthians, naquele momento, com Cássio titular e sem qualquer perspectiva de saída, ser contrário a essa exigência não fazia sentido.